Biometria: como se proteger de fraudes?

Com tecnologia bem implementada e monitoramento contínuo, é possível reduzir significativamente os riscos de fraude em biometria

Tecnologias como a autenticação biométrica têm ganhado cada vez mais espaço em empresas e conquistado a confiança dos usuários finais. A praticidade é evidente: reduzir senhas, acelerar cadastros e aumentar a precisão de identificação. No entanto, esse avanço traz novos riscos, sobretudo quando a biometria é usada em processos críticos, como a emissão de certificados digitais, abertura de contas, concessão de crédito ou assinatura de contratos.

Golpes com falsificação de rosto, voz e digitais já exploram brechas de captura, armazenamento e validação. Sem controles robustos de prova de vida, detecção de falsificação, criptografia e governança de dados, a biometria pode ser contornada ou, pior, expor informações sensíveis dos titulares. Por isso, além de tecnologia de ponta, é essencial adotar políticas de segurança, consentimento claro, auditoria contínua e conformidade regulatória — criando camadas de proteção que mantenham a experiência simples para o usuário, mas resiliente contra fraudes sofisticadas.

Neste artigo, vamos explorar o que são fraudes em biometria, como elas se manifestam no contexto de certificados digitais e quais passos você ou sua empresa podem adotar para se proteger.

O que são fraudes em biometria?

Fraudes em biometria são tentativas (bem-sucedidas ou não) de burlar sistemas que usam características únicas de uma pessoa — rosto, voz, digitais, íris ou padrões comportamentais — para autenticar identidades, liberar acesso ou autorizar transações. Em essência, é quando o sistema aceita um “biométrico” que não pertence ao titular legítimo ou foi manipulado no caminho.

A biometria consiste no uso de características físicas ou comportamentais únicas para verificar a identidade de uma pessoa.

Formas comuns de fraude biométrica

  • Reutilização de dados: casos em que dados biométricos vazados ou roubados são reutilizados em outro contexto.
  • Deepfake biométrico: uso de técnicas de IA para gerar imagens, vídeos ou padrões de voz que simulam características reais do usuário.
  • Ataques à infraestrutura: a fraude não está apenas no sensor, mas pode ocorrer nos sistemas que armazenam ou processam os dados biométricos.

A biometria no uso de certificado digital

Nos certificados digitais, a biometria aparece em dois momentos com objetivos distintos. No uso cotidiano do certificado já emitido, ela atua como método de autenticação do titular: em vez de senha ou token, o usuário libera o uso da chave privada — que pode estar no próprio aparelho (token/smartcard) ou sob custódia de um HSM na nuvem — por meio de reconhecimento facial, impressão digital ou voz. Nesse cenário, a biometria funciona como um “desbloqueio” da operação de assinatura ou autenticação, reduzindo atrito e acelerando o fluxo sem expor a chave.

O segundo momento é o da emissão do certificado, quando é necessário confirmar que a pessoa que está se cadastrando é realmente quem diz ser. Aqui, a biometria entra como um fator de verificação de identidade: normalmente combinada com a análise do documento (físico ou digital), conferência automática de elementos de segurança e um selfie-match com prova de vida. A meta é evitar que um fraudador obtenha um certificado válido em nome de outra pessoa — fraude que costuma ter impacto alto.

E para quê serve um certificado digital?

Um certificado digital comprova a identidade de uma pessoa ou empresa e vincula essa identidade a uma chave pública. Com ele, você consegue se autenticar com segurança em sistemas, assinar documentos com validade jurídica (garantindo integridade, autoria e não repúdio), criptografar informações e transações seguros.

Ele funciona a partir de um par de chaves: a privada, que você guarda com segurança, e a pública, atestada por uma Autoridade Certificadora. Esse atestado tem validade e pode ser revogado, por isso a gestão do ciclo de vida e a guarda adequada da chave são essenciais—seja no modelo A1 (software), A3 (hardware) ou em nuvem com HSM. Em resumo: o certificado digital serve para provar quem é você online, assinar com valor legal e garantir a confidencialidade e a confiabilidade das transações.

Por que a biometria gera confiança?

A biometria costuma transmitir uma sensação de alta segurança, porque “é você mesmo” sendo autenticado; porém, quando mal implementada — sem verificação de prova de vida, sem autenticação multifator e sem proteção adequada de armazenamento — ela pode virar uma porta de entrada para fraudes.

Em outras palavras, adotar biometria não dispensa uma arquitetura de segurança robusta: sobretudo quando integrada a certificados digitais, plataformas de emissão e processos de verificação de identidade, é importante combinar camadas técnicas e operacionais (liveness eficaz, MFA, proteção de templates, governança de dados e auditoria) para que a conveniência venha acompanhada de resiliência real contra ataques.

Principais tipos de ataques e vulnerabilidades

Vamos detalhar as vulnerabilidades mais comuns e como elas afetam especificamente processos de certificado digital:

1. Deepfake e biometria comportamental

Com o avanço de IA, é possível criar vídeos ou vozes que simulam um usuário real — imagine isso sendo usado para ativar um certificado digital ou autenticar uma sessão crítica.

2. Armazenamento inseguro de dados biométricos

Se os dados biométricos estão armazenados de forma vulnerável (no dispositivo ou em um servidor sem criptografia forte), um vazamento pode permitir reutilização desses dados em qualquer outro sistema.

3. Falta de prova de vida

Muitos sistemas biométricos não verificam de fato se há um “ser humano vivo” na frente do sensor — essa falha permite fraudes como uso de foto, vídeo ou molde.

4. Integração fraca com o fluxo de emissão de certificados

Se o processo de emissão de certificados digitais não exige múltiplos fatores de verificação ou não monitora anomalias, o risco de se tornar uma vítima de golpistas aumenta.

Como se proteger de fraudes biométricas

A biometria facilita nossa vida, mas proteção não é só ter um app com reconhecimento facial. É combinar prova de vida eficaz, autenticação multifator, proteção de templates e uma boa higiene digital para que o sistema reconheça você, e não uma imitação convincente.

Aqui estão práticas recomendadas para empresas e usuários ao lidar com biometria + certificado digital:

A. Autenticação multifator (MFA)

Não confie apenas na biometria — combine com outro fator: token, OTP (código enviado por SMS/app), autenticação baseada em dispositivo.

B. Verificação de liveness

Implemente sensores que verifiquem movimento, reflexos ou padrões que indiquem um “ser humano vivo”.

C. Armazenamento seguro e criptografia ponta a ponta

Os dados biométricos — especialmente dados de referência — devem estar criptografados e com acesso restrito.

D. Auditoria, monitoramento e análise de anomalias

Monitorar acessos, padrões de autenticação e histórico de uso ajuda a detectar padrões suspeitos.

E. Escolha de uma autoridade certificadora confiável

Na emissão de certificado digital, trabalhar com quem já estabelece boas práticas em segurança é diferencial. A Syngular possui um sistema robusto para emissão de certificados digitais, eliminando riscos associados à biometria.

Conclusão

Fraudes em biometria são ameaças reais que devem ser consideradas especialmente quando envolvem certificados digitais e autenticações. A boa notícia é que, com práticas adequadas, tecnologia bem implementada e monitoramento contínuo, você reduz consideravelmente os riscos.

A escolha do tipo de certificado interfere diretamente em segurança, usabilidade e custo. O A1 (software) oferece agilidade e favorece automação, desde que haja controles rigorosos sobre o armazenamento da chave. O A3 (token, cartão ou nuvem) mantém a chave em hardware seguro e é indicado para ambientes que exigem fatores físicos. Já o modelo em nuvem combina chaves protegidas por HSM com autenticação forte por dispositivo e biometria, entregando alta disponibilidade para equipes distribuídas e reduzindo atritos de uso.

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